. Rosas & Lírios: o céu e o inferno entraram em guerra. As armas? Almas humanas.

Um blog que tem sempre uma história rolando. A história atual é Rosas & Lírios, um conflito entre o céu e o inferno pela liberdade e pela posse do universo.

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O sol é minha enegia e o calor, meu combustível. O céu azul é meu sorriso mais eterno, e as penas de minhas asas foram esparramadas ao redor do teto do mundo; são as nuvens, às vezes brancas e puras, às vezes negras e corruptas. Não pude aprender a amar o frio, a noite ou a chuva - e no entanto, eles me amam mais que a tudo. E seus presentes são sempre as palavras.

Thursday, March 27, 2008

Capítulo XIV - Planos

Lorenzo estava enterrado. Próximo ao lago, ele certamente descansaria em paz. Christine, envolta em um vestido negro, observava as águas plácidas do lago da propriedade com um terrível sentimento de culpa a assomar-lhe a mente e o coração. Culpa não somente pela morte de Lorenzo, mas pelo que deveria fazer agora, pelo que pediria a Louis.
- Tu não acha que ficar aí, com cara de morte, olhando pro lago e esperando o apocalipse chegar é muito desrespeito com o Lorenzo?
- Talvez. Mas eu não estava simplesmente esperando o apocalipse. Eu estou pensando.
- Hum. Sobre...?
- Tudo.
- Claro. E esperando o apocalipse chegar.
Louis sorriu, mas Christine não retribuiu o sorriso.
- Eu preciso que tu volte pro Éden.
- Tu enlouqueceu de vez? Minha cabeça tá a prêmio por lá!
- Eu sei. Mas eu preciso que tu volte!
- E de que eu deveria servir? Exemplo?
- Não seja burro. É óbvio que tu não vai entrar lá como meu aliado.
- E como exatamente tu espera que acreditem em mim?
- Bem eu suponho que se tu me matasse eles acreditassem em mim.
- Claro. Acontece que eu não...
- E é exatamente isso que tu vai fazer.
- O QUÊ? - Christine riu da cara dele. De um jeito bem desagradável.
- Eu acho que tu vai precisar da ajuda do Lúcifer.
- Tu não pretende que ele concorde com isso né?
Um clarão negro e rápido interrompeu a conversa dos dois, e Lúcifer apareceu imediatamente.
- Opa! ouvi meu nome?
- Ouviu! Essa louca quer que a gente mate ela!
- Como é que é?
Christine riu de novo. De um jeito mais desagradável. Saiu caminhando e começou a falar com os dois. Ao fim da conversa, nem Louis nem Lúcifer pareciam felizes ou convencidos.
- Não, mamãe. Dessa vez não.
- Sim, dessa vez sim. E eu já mandei parar com essas piadas imbecis.
- Ah, são engraçadas. E não.
- É, nem pensar.
- Vai ser na briga ou vocês vão fazer isso sem miar?
- Ou adoro esse teu jeito persuasivo, mamãe.
- Eu odeio esse jeito persuasivo dela. - Os dois riram e bateram palmas.
- Parem com isso vocês dois.
- Ainda acho que isso não vai dar certo.
- Só se vocês não fizerem como eu disse.
- Hunf. Ainda não gosto.
Lúcifer abriu a cruz invertida e voltou pro Centro. Christine e Louis foram para dentro da casa. Louis ia arrumar as malas.